Menos um exame!
E pronto! Já só (só???) faltam 7 exames para fazer! A cadeira de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) está feita! Gosto disto... Gosto de ter cadeiras feitas!
Mas este exame foi um caos, no verdadeiro sentido da palavra. Estava cheio de gralhas!!! E ainda por cima tinha um programa em Fortran para corrigir 2 erros que supostamente tinha. O problema é que, olhando para lá, existiam montes de erros! O programa não fazia qualquer sentido... Não percebo como é que os profs não tentaram sequer resolver o exame!
Depois andaram a emendar o exame de toda a gente, mas esqueceram-se de outros erros que entretanto os alunos iam encontrando. Indescritível! Eram quatro profs que nem sabiam para onde se virar com tanta gente a chamá-los constantemente!
Bem, o que interessa é que já acabou!
Adeus Fortran!
A esperança anda por aí...
Eu queria dedicar esta música à minha tia que está na... Não, pera! Esta é dedicada a mim e a todos aqueles que estão a estudar (desesperar com) Química Física Biológica!
Pronto! É dedicada a todos aqueles que estão a estudar... não importa o quê!There are things in life you'll learn and
In time you'll see
Cause out there somewhere
It's all waiting
If you
keep believingSo don't run, don't hide
It will be all right
You'll see, trust me
I'll be there watching over you
Just take a look through my eyes
There's a better place somewhere out there (que é a praia!)Just take a look through my eyes
Everything changes
You'll be amazed what you'll find (como é que é possível termos dado tanta matéria???)If you look through my eyes
There will be times on this journey
All you'll see is darkness (pois é...)Out there somewhere daylight finds you
If you keep believing
So don't run, don't hide
It will be all right
You'll see, trust me
I'll be there watching over you
Just take a look through my eyes
There's a better place
somewhere out there
Just take a look through my eyes
Everything changes
You'll be amazed what you'll find
If you look through my eyes
All the things that you can change
There's a meaning in everything (infelizmente...)And you will find all you need
There's so much to understand (a quem o dizes!)Just take a look through my eyes
There's a better place
somewhere out there
Just take a look through my eyes
Everything changes
You'll be amazed what you'll find
If you look through my eyes
Take a look through my eyes
Phil Collins
Reforma precisa-se
1. O caso Campos e Cunha e Mário Lino teve o mérito de trazer à ribalta a situação da acumulação de reformas com ordenados por parte de membros do Governo. A situação será legal, mas é socialmente injusta e traduz um privilégio inaceitável.
2. Que os ministros em causa, perante as críticas, se tenham refugiado na legalidade da situação é triste. A situação é legal mas a lei é iníqua, o que faz dela uma situação iníqua. Além da conformidade com a lei (e acima dessa conformidade) um político tem de considerar a ética política: os seus gestos devem representar os valores que apregoa.
3. A busca de cobertura política à sombra da lei é incoerente por parte de um Governo (e de um ministro) que não tem cessado de vincar a inadequação das leis actuais e a necessidade da sua reforma. Se as leis são justas, o seu respeito garante a justiça. Se não o são (como o Governo afirma), a mera legalidade não quer dizer nada.
[...]
5. É eticamente inaceitável que alguém de posse das suas faculdades físicas e mentais, tão capaz de trabalhar que até pode ser ministro, se reforme aos 49 anos de idade, apenas porque foi vice-governador do Banco de Portugal. A reforma não é um bónus, não é um prémio, não é um complemento de salário (não deve ser), não pode ser uma benesse de casta, muito menos para um funcionário público, muitíssimo menos para um ministro da República. Não se trata de exigir pobreza, nem sequer de exigir frugalidade (o que não seria excessivo). Trata-se apenas de exigir solidariedade e justiça.
Permitir que alguém capaz de trabalhar e de encontrar emprego se reforme aos 49 anos não é socialmente justo, não é economicamente racional nem é financeiramente saudável para um país. E o que pensa Sócrates das reformas aos 49 anos? Não serão um "privilégio injustificado"?
A reforma é uma prestação social, paga a quem já não pode trabalhar. Não um troféu para os que atingem as altas esferas do poder.
6. Seria de esperar que um Governo socialista compreendesse que uma reforma é uma prestação social e não uma poupança individual. A sociedade (os trabalhadores activos) paga a quem já não pode trabalhar, no pressuposto de que essas pessoas fizeram isso, por sua vez, quando trabalhavam e de que as futuras gerações o farão por nós. Cada um de nós paga a reforma dos outros. É por isso que se chama solidariedade transgeracional. A ideia de que os descontos da segurança social são um pé-de-meia privado não tem nada de solidário e ataca a própria noção de tecido social. Estes descontos não são um negócio, mas um dever cívico; não são um investimento pessoal, mas um gesto de solidariedade social; não são um gesto do consumidor mas do cidadão.
Não se pode "ganhar uma reforma" por se trabalhar seis anos. A reforma é como o subsídio de desemprego: algo que a sociedade dá a quem cumpre a sua parte do contrato de solidariedade quando esse alguém o necessita.
7. Quando Campos e Cunha diz que a sua reforma não vem do erário público mas do fundo de pensões do Banco de Portugal está de facto a fazer um jogo de palavras. O BP é uma instituição pública e o seu fundo de pensões é alimentado por dotações do banco e pelos descontos dos funcionários do banco (como a segurança social). Quererá ele dizer que foram apenas os seus descontos de seis anos, sabiamente administrados, que se puderam traduzir em 115 mil euros pagos por ano durante 30 anos (considerando a sua esperança de vida)? Seria um verdadeiro milagre das rosas somado ao da multiplicação dos pães e dos peixes. Se fosse assim, o ministro deveria encarregar o seu fundo de pensões de gerir todas as finanças públicas. Na realidade, o fundo de pensões (e a sua pensão) provêm das finanças, públicas, do Banco de Portugal.
José Vítor Malheiros
Público, 7 Abril 2005