Os Berdadeiros Fofos!

Mais um dia que passou...

Acordo às 6h15. Tomo banho lentamente. Hoje só tinha aulas às 9h, mas precisava de ir à biblioteca esclarecer uns assuntos antes da aula de Laboratório.
Como umas torradas e um copo de leite e vou a correr para apanhar o autocarro. Lá dentro silêncio, caras ensonadas, faces mal-humoradas... Mudo de autocarro, o panorama é o mesmo.
Na rua de Ceuta um trânsito ainda mais caótico que o costume. Depois de uns longos minutos de espera, sai toda a gente do autocarro e toca a ir a pé. Depois de passar a parte crítica, um monte de gente na paragem seguinte. Mais de meia hora e não passa nenhum autocarro, apenas carros ligeiros. Um homem avisa-nos que houve um acidente, que os autocarros estão a fazer um percurso alternativo e não passam ali! Finalmente apanho outro autocarro a abarrotar de gente noutra paragem próxima e fico a ouvir pessoas a resmungarem com o motorista.
Saio. Já não dá tempo para ir à biblioteca, vou ter que perguntar a algum colega que já lá tenha ido.
Aulas, aulas, intervalo para tomar café, aulas, aulas... A fila da cantina aumenta de dia para dia. Agora já demoramos quase 1 hora, que é quanto temos para almoçar. Aulas, aulas e laboratório! Continuo sem ter as minhas dúvidas bem esclarecidas. A primeira parte do trabalho corre bem. A segunda nem por isso...
O trabalho era moroso. Saímos 20 minutos mais tarde que o previsto. Já é noite outra vez! Fila para apanhar o autocarro que vem cheio. Trânsito, muito trânsito. Rostos cansados, um homem resmunga e chora ao telemóvel. Caras exaustas, uma criança chora. Trânsito. Fraqueza, uma senhora dá lugar a outra mais velha. Trânsito. Um homem corre. Azar! Não conseguiu apanhar o autocarro. Ao motorista também já faltam as forças e paciência. Semáforo vermelho. Semáforo verde. Empurrão de uma rapariga que não se tinha agarrado bem. Alguns protestos. Silêncio. A criança parou de chorar, o homem já não fala ao telemóvel. É a minha paragem!
De repente, é maravilhoso ter a rua deserta. Os passeios apenas para eu passar! Chego a casa. Está quentinha, pouso as coisas, como qualquer coisa (não vale a pena comer muito, daqui a um bocado estou a jantar). Vou preparar as coisas para levar amanhã. Quero ver se hoje me deito mais cedo. Amanhã começa um novo dia...

Luís @ 19:48